Maple Bear

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fev 26, 2025

Alfabetização bilíngue: ajuda ou atrapalha?

AUTOR

Maple Bear Brasil

ASSUNTO

Educação

TEMPO DE LEITURA

5 min

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Na Maple Bear, aprender a ler e a escrever é um processo de experimentação e descoberta

Todos os alunos da Maple Bear com até três anos de idade são socializados em inglês. Diversos estudos comprovam que na primeira infância é um momento muito propício para aprender uma outra língua, dada a enorme plasticidade do cérebro nesta fase da vida. Mas, à medida que o final da pré-escola chega e, com ele, a formalização do início da alfabetização em português e em inglês, como é possível ensinar as crianças a ler e a escrever nos dois idiomas sem que elas se confundam ou fiquem sobrecarregadas? 

A boa notícia é que o estudante passa por um processo único de alfabetização no ensino bilíngue, independentemente de quantas línguas estão envolvidas.. Tudo aquilo que é aprendido em inglês durante os primeiros anos de escola irá contribuir para a alfabetização em português, e vice-versa.  

Perceber que a mesma letra pode soar diferente em uma língua na comparação com outra (ou mesmo dentro do mesmo idioma, a depender do contexto) não é terreno fértil para confusão, e sim parte necessária da formação da mente bilíngue – e este processo resultará em um precioso exercício de metacognição cujos benefícios se farão presentes para o desenvolvimento dos letramentos em ambas as línguas. 

A alfabetização na Maple Bear 

Na Maple Bear, os alunos são rodeados pelo mundo das letras desde o começo. As salas de aula contam com recursos como a word wall, por exemplo, uma parede cheia de palavras em inglês que as crianças utilizam no dia a dia; e um mural com frases que descrevem a rotina na escola. É neste contexto que têm início as atividades de alfabetização dos estudantes, que ocorrem em português no ano Senior Kindergarten (05 anos). 

O método de alfabetização empregado pela Maple Bear entende que tornar-se alfabetizado é descobrir, aos poucos, as regras que regem a escrita – e não simplesmente decorar sílabas e fonemas até conseguir formar palavras aleatórias. O desafio da criança que está se alfabetizando é descobrir quais são as letras – e em que ordem – ela precisa lançar mão para montar uma palavra cujo som e significado ela já conhece. Na prática, os alunos testam as suas hipóteses trabalhando com letras móveis e físicas com as quais podem experimentar. As vogais e consoantes possuem cores diferentes neste primeiro momento, algo que ajuda nesta jornada. 

“Imagine uma aluna que se chama Alice. Ela escuta o próprio nome o dia todo e já o viu escrito muitas vezes. Aí, de repente, ela ouve a palavra ‘aliás’ e percebe a semelhança entre os sons iniciais destas duas palavras. É a partir desta percepção que ela irá tentar usar as letras móveis para escrever essas duas palavras”, explica Suelen Ariane Bueno da Silva, coordenadora acadêmica  de Linguagens e Humanidades da Maple Bear. 

As atividades de alfabetização na Maple Bear são organizadas em eixos temáticos como “Que nome você tem”; “As letras e os bichos” e “Lendas”, por exemplo. Por meio deles, os alunos interagem a fim de descobrir como utilizar as letras para compor palavras associadas a esses temas. Como se vê, o protagonismo exercido pelas crianças ao pensar e repensar constantemente as regras da escrita é  justamente o que as leva à melhor compreensão do universo escrito.

A reta final (e o depois) da alfabetização 

Na Maple Bear, a alfabetização completa dos alunos se dá geralmente entre os Years 1 e 2 (06 e 07 anos). Nesta fase final, as atividades se tornam mais individualizadas, com os professores realizando trabalhos de leitura e escrita guiadas junto a grupos pequenos de alunos que apresentam estágios de alfabetização e necessidades semelhantes. 

Finalmente, é importante lembrar que o objetivo da Maple Bear é ir além de fazer com que as crianças leiam e escrevam com fluência em inglês e português. “Queremos que os alunos sejam multiletrados, ou seja, capazes de utilizar a linguagem nos seus mais variados usos e contextos, como, por exemplo, o digital, o oral, o artístico e assim por diante. Interagir com diferentes interlocutores, analisar criticamente os discursos produzidos e criar sentidos para o que se lê e se ouve são competências muito importantes, e é com esses objetivos em vista que nós trabalhamos desde o início do processo de alfabetização”, finaliza Suelen.